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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Alunos de Jaboatão se deparam com falta de estrutura na volta às aulas

Muitos alunos da rede pública de ensino de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, que deveriam ter começado as aulas no último dia 3 de fevereiro, só nesta segunda-feira (16), terceira semana do mês, puderam assistir a primeira aula do ano letivo.

O calendário foi adiado por causa da falta de estrutura nas unidades de ensino e da carência de professores. Para tentar reverter o quadro pais e alunos chegaram a fazer um mutirão para reformar as escolas e 510 professores enfrentaram fila para serem contratados temporariamente.

Dos quase 50 mil alunos das escolas municipais de Jaboatão que se deparam nesta segunda-feira com a falta de estrutura das escolas, muitos ainda vão ter que esperar mais de um mês para voltar a estudar.

Os 1.800 alunos matriculados na escola Visconde de Suassuna, uma das maiores da cidade, se depararam com muita confusão no primeiro dia de aula. Os portões só foram abertos às 8h, causando tumulto em frente à unidade de ensino. De acordo com os funcionários as grades não foram abertas antes porque eles ainda estavam terminando de distribuir as turmas por sala.

Depois das 8h todos puderam entrar, mas até às 9h muitos alunos estavam nos corredores sem saber em que sala assistiriam às aulas. Várias mães acompanharam os filhos. Uma delas foi a dona de casa Viviane de Moraes. “No ano passado não deixou a desejar porque realmente era uma professora só, muito dedicada às crianças, mas agora na quinta série eu não sei como vai ser, pois são vários professores”, disse.

Estrutura

A desorganização não é a única coisa que preocupa os pais e alunos. A falta de professores é a principal preocupação. De acordo com o diretor da escola, Marcos Spinelli, o quadro da unidade está quase completo, com desfalques apenas no turno da noite. “O horário da manhã e da tarde estão completos, só o horário da noite que a gente vai precisar repor alguns professores que vamos pedir a Secretaria de Educação”.

Os estudantes também tem outras preocupações. A estudante Cilmária Mendes denuncia a falta de água para matar a sede dos alunos na escola. “Não tem água. Só tem água na torneira, mas não presta”, disse.

“Nós temos filtro na escola. Quando a gente consegue armazenar água que vem da Compesa a gente fornece. Mas nós orientamos os alunos para que tragam uma garrafinha de água de casa nos dias em que não tem água”, diz o diretor Marcos Spinelli.

Atraso

Cerca de 1.500 alunos ainda devem continuar sem aula. Os alunos da escola Ana Farias, no bairro da Muribeca, a previsão é que o ano letivo só comece em março. Toda a estrutura da unidade precisa de reformas. O telhado ameaça desabar e os banheiros estão sem portas. A secretária de Educação Mirtes Cordeiro falou como as aulas serão repostas. “A previsão é que as aulas comecem no dia 23 de março. Por isso não teremos recesso, nem os feriados normais e vamos fazer um esforço muito grande para chegar no dia 30 de dezembro com o ano letivo cumprido”, afirmou Mirtes Cordeiro.

Fonte: pe360graus.globo.com

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