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terça-feira, 5 de maio de 2009

Mais um prédio ameaça cair em Muribeca


Gostaria de Fazer uma pergunta: "Até quando teremos de conviver com situações semelhantes a essas?" . Aconteceu agora no Bloco 155 do conjunto Muribeca, o prédio afundou cerca de 10 cm e inclinou cerca de 5cm para um dos lados. No conjunto Muribeca são 72 prédios, dos quais 6 já apresentaram problemas e precisaram ser interditado. Com tanta tecnologia e pessoal capacitado porque não se faz uma vistoria nos prédios, ao menos em locais como o conjunto Muribeca, onde já existe histórico desse problema, numa tentativa de se antecipar ao problema visando não haver vítimas como no caso do Edf. Areia Branca em 2004 onde 4 pessoas morreram, número que poderia ter sido muito maior caso os moradores do prédio não o tivessem esvaziado por conta própria já que, segundo as autoridades, o prédio não apresentava risco de desabamento e, no entanto, na mesma noite o Edifício Areia Branca ruiu.

Quantas famílias ainda verão os seus sonhos se destruindo junto com os prédios? quantas pessoas ainda precisarão morrer para que as autoridades decidam implantar um sistema de monitoramento, recuperação e evacuação dos prédios quandos necesário? E quando o prédio de um grande político, ou família de um grande político vier a desabar, será que eles, finalmente, acordarão para este problema tão sério que atormenta, principalmente, os moradores dos prédios tipo caixão?.

Enquanto isso acompanhemos mais um triste capítulo desta novela que parece não ter fim. A reportagem a seguir é do Diário de Pernambuco, o link para a página aparece no final da matéria.

Parte das famílias do bloco 155 do Conjunto Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, interditado pela defesa civil do município, no último domingo, teve acesso ontem aos apartamentos para retirada dos móveis. A permissão foi dada apenas aos moradores do bloco B e aos residentes no térreo do bloco A. A situação crítica do prédio que até ontem já havia afundado cerca de 10 centímetros e sofrido uma inclinação de cinco centímetros para a lateral direita, preocupa os engenheiros da Defesa Civil. "Não achamos seguro sequer permitir a entrada de nossa equipe no local. As rachaduras estão grandes e há risco de desabamento", alertou o coordenador do órgão, Artur Paiva. Ontem, engenheiros do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) e do Clube de Engenharia estiveram no local. "A nossa avaliação é que o esmagamento da fundação comprometeu bastante a estrutura e a nossa recomendação é pela demolição do bloco", afirmou Alexandre Santos, presidente do Clube de Engenharia. O risco de desabamento do bloco atingiuo ponto mais alto de uma escala que vai de um a quatro, em ordem crescente de perigo. Há risco de pelo menos uma parte do bloco 155 ser demolida. A Defesa Civil interditou outras sete construções que ficam ao lado do edifício e recomendou aos moradores de duas casas e dos 16 apartamentos de uma parte do bloco vizinho de nº 125 a deixarem o local por pelo menos três dias.Ontem, o cenário para as famílias era de desolação. A dona de casa Cristiana Barroso, 37 anos, comprou um dos apartamentos há dois meses. E antes disso havia desocupado outro imóvel no conjunto Arrecifes, em Jardim Piedade. "É a segunda vez que passo por esta situação. Dessa vez não achei que ia ter problemas a minha mãe mora aqui há 16 anos. Agora estamos eu e ela sem ter onde morar", revelou Cristiana. O bloco 155 é um dos seis interditados de um total de 72. Em abril de 2005, o bloco 129 foi interditado por oferecer risco de desabamento. A edificação continua desocupada. "


Link para a reportagem do Diário de Pernambuco: http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/05/05/urbana3_1.asp

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